quinta-feira, junho 30, 2011


O Professor como Provocador

SEMANA 12
18 a 24 de junho


O papel do professor como provocador de construções significativas
O professor como mediador e pesquisador

O estudo de dois textos abaixo indicados, que tratam de questões relativas às funções e papel do professor, no ajudarão a pensar sobre estas questões.

Um dos textos é de um grupo de pesquisa da UNESP, coordenado pela Prof. Mirian Celeste Martins e trata do conceito de mediação, com enfoque sobre o papel do professor. Na sala de aula o professor é um mediador? Em que sentido? O que significa a palavra mediação em se tratando do campo de atuação docente em artes visuais? O texto traz um apanhado de repostas de professores de artes e de reflexões a partir destas falas.
O texto intitula-se Mediação: estudos iniciais de um conceito e está disponível abaixo.

O outro texto é de Marcos Villela Pereira (PUCRS) e trata da necessidade permanente de pesquisa na construção da professoralidade. Villela Pereira faz menção, no texto, de um pouco da história da educação no campo da arte, citando Noêmia Varela, importante educadora na história da arte-educação brasileira, ligada ao movimento Escolinha de Arte.
Para complementar a leitura deste texto indico um vídeo postado no site Youtube, em 3 partes, com Noêmia Varela dando um depoimento sobre sua experiência e pensamento como arte-educadora. (Acesse aqui a primeira parte)
O texto de Villela Pereira intitula-se Pesquisa em educação e arte: a consolidação de um campo interminável. (Acesse aqui)

Perguntas iniciais para orientar uma discussão reflexiva:
- Em sua experiência e reflexão pessoal como você entende o conceito de mediação educativa? De que maneira este conceito relaciona-se ao conceito de curadoria educativa?
- O que Villela Pereira entende como processo de professoralização? De que forma este relaciona-se com processos de subjetivação? E o que isso tem a ver com educação e arte?

ATENÇÃO: não será atribuída nota para participação neste fórum. No entanto são questões muito importantes e interessantes de discutir!




Participe do fórum: O papel do professor.


Em seu interior, ser professor hoje, não é nem mais fácil nem mais difícil do que era há alguns tempos atrás. É diferente. Diante dos n ovos paradigmas, novos desafios há a necessidade cada vez maior em se reavaliar a prática pedagógica e a atitude do profissional da educação. As imagens do mestre, consideravam o professor como um herdeiro do escrivão (scriba) . O professor, também foi caracterizado como o legatário do monge.

Um professor é sempre mestre de algo bastante especial. Ninguém é professor de tudo. O professor de tudo é professor de nada, assim sendo, não é professor , não é um bom professor. O bom professor, conseqüentemente, é aquele que é capaz de se responsabilizar por determinada disciplina.

É necessário, pois, que o professor esteja sempre interagindo com o que se passa no mundo e se mantenha atualizado em relação às inovações da sociedade, da cultura, da ciência, da política e da essência de vida. Para isso o professor precisa buscar definição para o que faz e propiciar novos sentidos para o fazer dos seus alunos. Procurando essa postura , deixará de ser um “lecionador" para ser um organizador do conhecimento e da aprendizagem.

O professor, ao buscar novos caminhos como organizador do conhecimento e da aprendizagem passa a ser um aprendiz permanente, um construtor do saber, buscando sempre planejar, organizar o currículo, pesquisar, estabelecer estratégias para resolver problemas, adotando a pedagogia problematizadora.

É sabido que, nas tentativas e tropeços um professor aprende, pois conseguindo vitórias e tolerando fracassos, é que se adquiri um saber por experiência. Esta é a chave para se ensinar com arte, com lógica, e com prazer. Experiência de vida e experiência de trabalho. A arte de ensinar está em saber ensinar o fundamental (utilizando a pedagogia do afeto), e ao fazer com dedicação, de uma maneira inesquecível, interagindo, dialogando, chega-se às experiências transformadoras. Ao distinguir o sujeito do conhecimento, reconstrói o que conhece. Devemos ter em mente que quem dá significado ao que aprendemos é o contexto. Aprende-se o que é significativo para o plano de vida da pessoa.

A postura do novo professor faz com que ele se transforme em um profissionaldoencantamento, e ao dominar aarte de reencantar, abre os olhos dos educandos para a capacidade de envolver-se e mudar.

A educação, para ser transformadora e emancipatória, precisa estar centradanavida. Ao reconhecer o aluno como sujeito de sua aprendizagem, interagimos e estabelecemos uma relação afirmativa. Essa afirmação do homem como sujeito de sua própria história, comprova que ninguém se realiza sozinho, nós nos realizamos no encontro e nas interações, e descobrimos novas formas de encantamentos e reencantamentos nas novas experiências.
Ref: Moacir Gadotti, Ensinar-e-aprender com sentido.

Autora: Amelia Hamze
Educadora
Profª UNIFEB/CETEC e FISO - Barretos
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